Valvoplastia mitral com duplo cateter-baläo, avaliaçäo hemodinâmica de 52 casos um ano depois do procedimento / Mitral Valvoplasty by Double Balloon. Hemodynamic Evaluation of 52 Cases One Year After the Procedure

Objetivo - Avaliar os resultados hemodinâmicos e angiográficos tardios da valvoplastia mitral por duplo cateter-baläo, para tratamento da estenose mitral reumática. Métodos - Cinquenta e dois pacientes foram submetidos à avaliaçäo, sendo 84,6// do sexo feminino, com idade média de 21,9 anos. Oitenta e um por cento estavam na classe funcional I (NYHA), e 5,7// exibiam fibrilaçäo atrial, 18 meses após dilataçäo. Todos foram submetidos a estudo ecocardiográfico e cateterismo cardíaco com angiografia, 1 ano após o procedimento. Resultados - quarenta e seis pacientes (88,5//) exibiram, imediatamente após a valvoplastia, áerea valvar > 1,50cm². Em 6(11,5//), a área da valva mitral foi ó 1,50cm². Os casos em que se obteve área valvar ò 1,50cm², tiveram boa evoluçäo clínica, sem perda dos bons resultados hemodinâmicos e ecocardiográficos iniciais, incluindo o gradiente de pressäo diastólica mitral, as pressöes médias do átrio esquerdo e da artéria pulmonar e a área valvar mitral. Nos 6 casos em ques e obteve area valvar ó 1,50cm², 2 tiveram evoluçäo favorável, 2 foram redilatados, 1 aguarda tratamento cirúrgico e outro mantém-se em tratamento clínico a despeito do resultado hemodinâmico insatisfarório. Em 3 dos 52 casos (5,7), demonstrou-se, após o procedimento, a existência de comunicaçäo interatrial, em 2 sem repercussäo hemodinâmica, e, no 3º, com repercussäo, foi indicada a correçäo cirúrgica do defeito. A insuficiência mitral ocorreu em 16 casos (30,7//), sendo de grau + em 8 e de + a ++, nos demais, sem nenhum agravamento neste período evolutivo. Conclusäo - A valvoplastia mitral por duplo cateter-baläo é método eficaz para tratamento da estenose mitral reumática, havendo boa evoluçäo tardia, nos casos que apresentam área ò 1,50cm² imediatamente após a dilataçäo

Purpose - To evaluate the late hemodynamic and angiographic results of 52 patients who underwent mitral valvoplasty by the double balloon technique in the treatment of the rheumatic mitral stenosis. Methods - The mean follow-up was of 18 months and the patients had a Doppler-echocardiogram and cardiac catheterization one year after dilatation. Of the 52 patients 84.6% were femule and the mean age was 21.9% years. Eighty one percent were in NYHA class I whereas 5.7% had atrial fibrillation at the end of 18 months. Results Immediatly after valvoplasty 46 patients (88.5%) had a valvar area larger, and 6 (11.5%) smaller than 1.5 cm2 . The first group had a good clinical outcome with maintenance of the clinical, echocardiographic and angiographic results in the late followup, including the dyastolic gradient and the valvar area. Of the 6 cases with mitral area smaller than 1.5 cm2, 2 had a good clinical evolation, 2 were redilated, I was scheduled for surgery and the last one is under clinical management but with poor hemodynamic results. Three (5.7%) cases developed an atrial septal defect after the procedure, with hemodynamic repercussion in 1. Mitral regurgitation developed in 16 cases (+ in 8, +/++ in 8) without changes during the follow-up period. Conclusion - Double balloon mitral valvoplasty is a safe effective method in the treatment of the rheumathic mitral stenosis, and offers a better evolution in patients with a valvar area larger than 1.5 cm2 after the dilatation

Oclusäo de ramos secundários após angioplastia da artéria coronária descendente anterior / Occlusion of secondary branches after angioplasthy of the left descending coronary artery

Avaliar a incidência de oclusäo de ramos secundários em pacientes com lesäo única da artéria descendente anterior, em que a angioplastia coronária foi aplicada pela primeira vez e com sucesso. Duzentos e treze casos com ramos secundários em pacientes com lesäo única da ar considerados " em risco" por estarem envolvidos na lesäo (grupo I - GI; 85 casos - 39,9%); ou por terem sido atingidos pela insuflaçäo do baläo (grupo II - GII, 128 casos - 61,5%). Corresponderam a: GI - 54 ramos septais (S) e 31 ramos diaggonais (Dg), sendo que 36% tinham evidência angiográfica de doença ostial; GII - 77 S e 51 Dg, com 7,8% de doença ostial. Oclusäo de 7 (3,3%) ramos secundários " em "em risco", 4 (4,7%) do GI e 3 (2,3%) do GII. Na evoluçäo clínica destes 7 casos observaram-se angina de peito em 57% e alteraçöes isquêmicas discretas ao eletrocardiograma em 28.6%. Näo houve qualquer alteraçäo enzímica. A oclusäo foi clinicamente silenciosa em 43% dos casos. A oclusäo de ramos secundários é de baixa incidência, ocorre com maior freqüência nos septais, que nascem da lesäo e nos que têm doença ostial, sendo silenciosa em quase metade dos pacientes ou acompanhada de alteraçeos isquêmicas.

Purpose: To evaluate the incidence and clinical presentation of the occlusion of such secondary branches in patients with single vessel coronary artery disease in the left anterior descending artery, who underwent a first elective and successful PTCA. Material and Methods: Two hundred and thirteen side branches of 121 patients considered to be at risk. They were divided into group I (GI85 side branches, 39.9%), if they originated from the atherosclerotic site; and group II (GII120 side branches, 61.5%), if their origin would be involved during the balloon inflation. In the GI there were 54 septal branches and 3.1 diagonal branches, and 36& had angiographic evidence of ostium disease. GII was constituted by 77 septal and 51 diagonal branches, and 7.8% of them had evidence of ostium disease. Results: Seven side branches (3.3%) at risk occluded, 4 from GI (4.7%) and 3 (2.3%) from GII. As for the clinical presentation, 57% of them had angina, where as 28.6% showed minor abnormalities in the ECG. No patient elevated its serum CK-MB, and silent occlusion cccurred in 43% if them. Conclusion: Occlusion of side branches is a low incidence phenomenon, which happens more often in septal branches with ostium disease that originates from the atherosclerotic site; that about half of the patient had silent occlusion (43%) or mild ischemic manifestations